O historiador contemporâneo ao encontrar com o seu campo de trabalho topará com incontáveis interpretações da história. Essa movimentação garante uma liberdade às mentes pensantes de selecionar uma orientação apropriada ao determinado tipo de trabalho. Dentre este imenso universo de probabilidades teórico metodológicas pincelamos neste trabalho alguns desejos, do qual investigamos os trajetos realizados em nível mundial e respectivamente a visitas conferidas pelos historiadores tupiniquins. Para isto esforçamos analisar a obra da autora Margareth Rago, que desenvolve pesquisas na área da história social, trabalhando com temas que eram silenciados nas universidades, e, por conseguinte acabaram inspirando vários outros pesquisadores brasileiros.
Margareth Rago, e vários outros historiadores recepcionaram as obras de E. P. Thompson[1], que por sua vez escreveu uma historiografia voltada para o cotidiano e a consciência dos trabalhadores na fábrica. A mesma seguiu um caminho, que dificilmente a história social e a perspectiva foulcaultina se aliariam para dar lugar a uma pesquisa voltada para a disciplinarização nas fábricas e a vigilância cotidiana do trabalhador. Um exercício complicado de imbricar duas relações metodológicas díspares, todavia, mesmo com os seus limites Margareth Rago conseguiu em seu trabalho organizar estas duas formas de pensar a história. Realçou a vivência da mulher num ambiente masculinizado, estudou suas relações e seus espaços: o público e o privado, começando com sérias reflexões sobre a infância que se perdia dentro de um ambiente adulto e sistematizado, e como fonte escolheram a imprensa literária para a sua pesquisa. Hoje ainda se tem receios em utilizar duas perspectivas teóricas diferentes numa pesquisa. No entanto, neste sentido a autora nos convida a dispensar as fronteiras e repensar os nossos usos metodológicos.
Para que houvesse uma maior sintonia do trabalho optamos em escrever como se deu esta recepção no Brasil, destacando os núcleos das nossas academias universitárias que tem em seus conteúdos programáticos algum tipo de enfoque voltado para a história social, cujos professores que se dedicaram anos de suas vidas em estudos a pesquisarem com o olhar voltado para esta perspectiva. Logo em seguida comentaremos duas obras propostas para o estudo da recepção da História Social no Brasil.
SAMUEL KIM, RODRIGO RIBEIRO E JOSÉ RAFAEL
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